quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mesmo sem confronto direto, Alckmin e Skaf trocam acusações em debate


O terceiro e o quarto bloco do último debate entre os candidatos ao governo de São Paulo antes do primeiro turno das eleições foi marcado por defesas de Geraldo Alckmin e troca de farpas — indiretas — de Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), segundo e terceiro colocados nas pesquisas de intenção de votos ao governo. Além disso, os temas em evidência dessa etapa foram educação e transporte.

Walter Ciglioni foi o primeiro a perguntar e o candidato do PRTB escolheu Geraldo Alckmin para falar sobre a volta do Banco do Estado. O governador e candidato a reeleição usou o início do seu tempo de resposta para se defender de ataques que sua gestão sofreu no começo do debate.

— Aqui se fala muito mal de São Paulo em um conjunto de inverdades e, pelas regras do debate, não tenho a oportunidade de me defender.

Além disso, em sua resposta, Alckmin também aproveitou para falar de saneamento básico e garantir que "não falta água em SP, não vai faltar água em SP".

Laércio Benko (PHS) elevou o tom do terceiro bloco ao questionar Padilha sobre mentiras de seu partido.

— Vivemos um momento crucial da eleição e vejo uma política de mentiras que o seu partido faz contra Marina Silva. Até quando vão as mentiras? O senhor vai governar mentindo? — questionou.

Padilha respondeu dizendo que Marina fala por si só.

— Aliás, um dia ela fala uma coisa e depois muda de opinião.

O petista disse, ainda, que sua sigla nunca mudou de lado. Em resposta, Benko rebatou dizendo que alguns mudaram de lado sim e "estão atrás das grades". Irritado, Padilha também elevou o tom.

— O senhor me respeite. Eu tenho mais de 10 anos como ministro da área federal. Passei pelas áreas mais complexas e nunca fui acusado de nada. Só quem foi gestor público e passou sem acusação ou punição pode dizer que tem vida íntegra.

Troca de farpas

Paulo Skaf e Geraldo Alckmin trocaram provocações e acusações indiretas durante o debate. Apesar de nenhum dos dois ter feito perguntas um para o outro —Alckmin teve oportunidade de escolher o peemedebista para questionar — os dois se alfinetaram nesses dois blocos finais do debate.

Skaf chegou a usar o seu tempo de resposta para criticar Alckmin — e disse ter corrigido alguns dados citados pelo candidato a reeleição em relação ao número de km de transporte sobre trilhos.

— Excetuando os 17 km da linha Amarela e Lilás, o resto está no papel. Essa é a verdade. O resto é enganação. Lamentavelmente o governo não está preocupado em resolver seus problemas.

O empresário também criticou a fala do governador sobre educação.

— Queria usar esse tempo para comentar algumas coisas. O governador Alckmin te engana quando fala que investe 30% em educação. Isso está na constituição. Tome cuidado e abra o olho com o que ele diz.

Alckmin revidou e também usou seu tempo de resposta para falar indiretamente com Skaf.

— Temos a linha 4 em obras. A linha 5 temos dez estações [em construção] ao mesmo tempo. A linha 15 toda em obra. A linha 17, quem passar na avenida Roberto Marinho está lá o enorme monotrilho. Linha 6 está como canteiro sendo instalado.

Além disso, o governador também atacou Skaf.

— O candidato Skaf fala muito do que ele fez em educação e a única coisa que ele fez foi cobrar taxa [se referindo ao período em que o empresário presidiu o Sesi e o Senai.

Em relação às declarações de Alckmin sobre a gestão do Sesi e do Senai, Skaf chegou a pedir direito de resposta, que foi negado pela organização do debate.

Os candidatos falaram ainda sobre temas como construção de creches, investimento em educação, desenvolvimento do interior e como lidar com o problema das drogas e dependentes químicos.

FONTE: R7

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